Skoobs

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Soterram também a informação, o debate...

Acabei de ler um artigo muito interessante e que para alguns desavisados e apressadinhos nervosos pseudo-defensores do ser humano, podem acabar achando que o texto critica a cobertura da mídia ao tratar com tanta tristeza os mortos, feridos e desabrigados na catástrofe que se tornou as enchentes no sul do país.

Mas penso e corroboro com o seguinte, insistindo na tecla, há mais desinformação do que jornalismo real nos meios de comunicação. O que só se vê e lê é comoção atrás de comoção, quando não leviandades e verborragias críticas em cima de governos e governantes. Cadê o debate sério? A crítica ao mercado e as elites especuladoras? Podem dizer que sou ingênuo, mas a verdade é que sei sim o quanto isso é pedir demais para os meios de comunicação. Só que no fundo não estou pedindo aos meios, mas sim à sociedade, a todos nós. Nós que temos que cobrar e nos cobrar.

Claro que devemos nos comover, se envolver. Claro que temos problemas estruturais, políticos e, agora, de emergência para resolvermos. No entanto, não vejo muito, além ou após a cobertura solidária aos desabrigados uma matéria em que se discuta porque situações como essa não param de acontecer em nosso país.

Alguns trechos do artigo que nos faz pensar um pouco além da cobertura oficial:

"Impossível não nos ficar a impressão que autoridades e mídia, e talvez uma boa parte da sociedade, já assimilaram como fatos naturais do destino brasileiro as horríveis mortes por soterramento e enchentes que anualmente fazem dezenas de vítimas nessas épocas de chuvas mais intensas. Diluem-se assim comodamente nesse cenário de pretenso destino compulsório as responsabilidades públicas e privadas na verdade responsáveis por tantas vidas violentamente ceifadas."

"A questão essencial é que estão sendo ocupadas pela urbanização, à vista e com o beneplácito oficial, áreas que por suas condições geológicas jamais poderiam ser utilizadas para tal fim. Pior, estão sendo ocupadas utilizando-se de expedientes técnicos (desmatamento, cortes, aterros, disposição viária...) totalmente contra-indicados para tais situações."

"Para uma mais acurada compreensão do problema e para o correto equacionamento de sua solução, é indispensável considerar separadamente dois aspectos fundamentais, mas bem diversos, dessa questão; o fator técnico e o fator político-social-econômico."

Segue alguns outros exemplos de enchentes que enfrentamos esse ano aqui no Brasil:
Novamente, nossa amiga Globo nos fornece o material.








O artigo é do geólogo Álvaro Rodrigues dos Santos e foi publicado na Agência Carta Maior.

Atrás do trono existe um outro rei...


Há um tempo atrás conheci um site muito interessante. Ele me chamou a atenção por diversos motivos. Segundo o próprio site www.theyrule.net ele objetiva fornecer uma olhada em alguns dos relacionamentos da classe governante nos EUA. Faz um exame focalizando nas diretorias de algumas das companhias mais poderosas dos EUA, que compartilham muitos dos mesmos diretores. O usuário pode gravar um mapa das conexões completas com suas anotações e enviar por email links destes mapas a outros.

Então, para quem se interessa em conhecer um pouco mais sobre os que realmente comandam as finanças e a política no mundo, vale a pena visitar esse site. Apesar dele estar desatualizado desde 2004, pode-se visitar o blog para ficar por dentro das atualizações.

Descobre-se, por exemplo, quantos acionistas (diretores) estão envolvidos nessas empresas. Um diretor que está envolvido com a American Express também está envolvido com a Xerox (Vernon E. Jordan, Jr.), sendo que na Xerox há um diretor que se envolve com a AT&T e a General Eletrics, e assim por diante. No fundo ficamos com a sensação de que eles que comandam nossas vidas.

Fico imaginando muitos lendo esse post e me achando um jovem ingênuo, que acha que está dizendo uma novidade, ou me criticando por estar dizendo uma bobagem e algo que todos já sabem e que não tem nada demais. Posso até concordar, mas que acredito com todas as minhas forças que só sairemos dessa nossa condição humana com tanta desigualdade, guerra e intolerância, quando mudarmos nossa maneira de construir nossas sociedades, sem esse corporativismo, mercadorização até da sombra... Esse site ajuda a vizualizar melhor como funciona a estrutura corporativa em nosso planeta. As relações humanas.

Um filme documentário é muito interessante de se ver nesse contexto e complementar o que estou querendo dizer é o canadense "The Corporation", muito conhecido por aqui, no Brasil (ainda bem!).

The Corporation (2003) - Legendado PT-Br


Para quem prefere baixar em torrent para guardar ou ver com mais tempo e melhor qualidade, pode-se baixá-lo por aqui:

Torrent
Legenda Pt-Br

O documentário fala sobre a história das corporações no mundo (as famosas S.A.) e suas influências sobre a humanidade, em áreas como política, economia e meio ambiente.

Um pouco sobre o filme você pode ver aqui.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Ronaldo e você, tudo a ver!

Assumo. Sou flamenguista. Doente. Não vou dizer que não queria ver o Ronaldo fenômeno vestindo a camisa rubro-negra. Seu time de coração, segundo ele próprio. Mas também não fazia tanta questão assim, ainda mais pelo seu estado físico. Contudo, estrela é estrela e é sempre bom tê-los conosco.
Não que esse assunto seja algo muito importante para o mundo, no entanto, como flamenguista e sempre desconfiado das relações extra-campo e das coisas que acontecem por detrás das câmeras, resolvi fazer esse texto.

Uma coisa está me intrigando muito. Essa contratação do fenômeno pelo Corinthians está me cheirando muito mal. Na verdade, não que esteja cheirando mal, envolvendo corrupção ou coisa do tipo, apesar de não descartar essa hipótese, mas declarações do próprio Ronaldo, do Márcio Braga - presidente do Flamengo e a cobertura da Rede Globo estão me deixando um tanto intrigado.

Achei muito trânquila e resignada a posição dos diretores do Clube de Regatas Flamengo, principalmente por demonstrarem-se, anteriormente, muito interessados e envolvidos em ajudar Ronaldo a se recuperar e possivelmente contratá-lo para 2009. E agora, do nada, ele vai para um clube brasileiro, paulista, rival e dizendo que o time carioca não ofereceu nenhum projeto ou coisa do tipo. Péra lá!! Será que não mesmo????

Aí que eu acho que entra a Rede Globo nessa história. Algum dedo dela tem nessa contratação e o CLUBE DE REGATAS FLAMENGO sabe de tudo e está deixando e, claro, para estar deixando, deve estar recebendo alguma coisa em troca... vai saber... 


Se estão errados, se isso é ilegal, anti-ético.... já nem sei... só estou colocando a questão e querendo saber por que isso não se torna aberto. Ou pelo menos as pessoas discutam de maneira mais honesta (claro, se essa minha hipótese estiver correta).

Tive essa sensação aumentar ainda mais hoje (quinta-feira, 11-12-2008) ao assistir o Globo Esporte e no final o Ronaldo visitar o estúdio para fechar o programa fazendo gracejos com os apresentadores e assinando a camisa do Corinthians para promoção com o telespectador.


Questões que me fazem pensar que a Globo colocou Ronaldo no Corinthians:

- Primeiro de tudo. Ronaldo traz dinheiro. Isso é Óbvio!
- Ronaldo vindo para o Brasil tem que vir para time de massa. Quais são os dois maiores times de massa do Brasil? Flamengo e Corinthians. Assim vende-se mais ingressos, mais camisas e outros produtos, mais audiência, etc, etc, etc...
- São Paulo é "mil" vezes maior que o Rio de Janeiro, não só em extensão, como em população.
- O campeonato paulista além de ser um dos maiores campeonatos do mundo em competitividade, tem mil vezes mais estrutura, qualidade e audiência que o campeonato carioca.
- E para terminar, nunca a Rede Globo transmitiu segunda divisão. E segundo me contaram (parentes paulistas) alguns (senão todos) jogos do Corinthians aos sábados foram trasmitidos pela Rede Globo. Não estou certo, mas não lembro disso acontecer com o galo, Palmeiras, Grêmio, etc....
- E por último e até mais óbvio, o contrato do fenômeno com a Nike. Ficou claro que as relações do Flamengo com a Nike esse ano de 2008 não foram muito boas. E talvez nem venha a continuar como patrocinardora do clube. E no Corinthians o patrocínio com a empresa vai indo muito bem.

Não podemos negar. A Rede Globo manda no esporte brasileiro. Pelo menos nos esportes de massa, como futebol, vôlei, corrida, entre outros...

Vou deixar este post em aberto ainda. Espero contribuições e críticas (caso necessite) para que eu fique mais por dentro do que está acontecendo... e quem sabe a carapuça de alguns cair. Foram só impressões de um flamenguista decepcionado, mas que após o Globo Esporte de hoje passou a desconfiar dessa transação. 


Não gosto de ver essas artimanhas sujas e por debaixo dos panos com funcionários dessa emissora fazendo carinhas e escrevendo textos como se não soubessem de nada. Estou louco pra ver essas turminhas ficarem com cara de cú alguma hora... rs... A internet nos ajuda muito nesses novos tempos... Antigamente o que Eles diziam ficava por isso mesmo. Agora não. Na política ou no esporte, micro ou macro, a mentira e a corrupção tem que pelo menos diminuir ou ficar mais latente, ciente. 

Espero que num futuro não me torne um velho que diz ter aprendido a não mais bater de frente com o sistema e passar a ser um surdo e mudo que se tornou bem sucedido que paga minhas contas e que sabe que não pode mais mudar o mundo... nem que seja um tantinho só, junto com outros que pensam igual. Sei das dificuldades, mas acredito na força dos que pensam diferente.

Vamos ver se o fenômeno vai dar essas entrevistas em outras emissoras, fazer promoções... assim saberemos mais se a Globo está com privilégios ou não nessa história.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Faltou educação!


Recebi semanas atrás um e-mail intitulado "CARTA DE REPÚDIO À REVISTA VEJA". Numa mistura de felicidade e tristeza, li com muita atenção o texto em que a viúva de Paulo Freire, um dos maiores pensadores que o mundo contemporâneo já produziu, escreveu para responder a um artigo publicado na revista em setembro deste ano.
Segue um trecho do artigo e em seguida a resposta de Nita.

VIÚVA DE PAULO FREIRE ESCREVE CARTA DE REPÚDIO À REVISTA VEJA
Publicado em 12 de setembro de 2008 às 10:38

por CONCEIÇÃO LEMES


Na edição de 20 de agosto a revista Veja publicou a reportagem O que estão ensinando a ele? De autoria de Monica Weinberg e Camila Pereira, ela foi baseada em pesquisa sobre qualidade do ensino no Brasil. Lá pelas tantas há o seguinte trecho:

"Muitos professores brasileiros se encantam com personagens que em classe mereceriam um tratamento mais crítico, como o guerrilheiro argentino Che Guevara, que na pesquisa aparece com 86% de citações positivas, 14% de neutras e zero, nenhum ponto negativo. Ou idolatram personagens arcanos sem contribuição efetiva à civilização ocidental, como o educador Paulo Freire, autor de um método de doutrinação esquerdista disfarçado de alfabetização. Entre os professores ouvidos na pesquisa, Freire goleia o físico teórico alemão Albert Einstein, talvez o maior gênio da história da humanidade. Paulo Freire 29 x 6 Einstein. Só isso já seria evidência suficiente de que se está diante de uma distorção gigantesca das prioridades educacionais dos senhores docentes, de uma deformação no espaço-tempo tão poderosa, que talvez ajude a explicar o fato de eles viverem no passado".

Curiosamente, entre os especialistas consultados está o filósofo Roberto Romano, professor da Unicamp. Ele é o autor de um artigo publicado na Folha, em 1990, cujo título é Ceausescu no Ibirapuera. Sem citar o Paulo Freire, ele fala do Paulo Freire. É uma tática de agredir sem assumir. Na época Paulo, era secretário de Educação da prefeita Luiza Erundina.

Diante disso a viúva de Paulo Freire, Nita, escreveu a seguinte carta de repúdio:

"Como educadora, historiadora, ex-professora da PUC e da Cátedra Paulo Freire e viúva do maior educador brasileiro PAULO FREIRE -- e um dos maiores de toda a história da humanidade --, quero registrar minha mais profunda indignação e repúdio ao tipo de jornalismo, que, a cada semana a revista VEJA oferece às pessoas ingênuas ou mal intencionadas de nosso país. Não a leio, por princípio, mas ouço comentários sobre sua postura danosa através do jornalismo crítico. Não proclama sua opção em favor dos poderosos e endinheirados da direita, mas, camufladamente, age em nome do reacionarismo desta.

Esta vem sendo a constante desta revista desde longa data: enodoar pessoas as quais todos nós brasileiros deveríamos nos orgulhar. Paulo, que dedicou seus 75 anos de vida lutando por um Brasil melhor, mais bonito e mais justo, não é o único alvo deles. Nem esta é a primeira vez que o atacam. Quando da morte de meu marido, em 1997, o obituário da revista em questão não lamentou a sua morte, como fizeram todos os outros órgãos da imprensa escrita, falada e televisiva do mundo, apenas reproduziu parte de críticas anteriores a ele feitas.

A matéria publicada no n. 2074, de 20/08/08, conta, lamentavelmente com o apoio do filósofo Roberto Romano que escreve sobre ética, certamente em favor da ética do mercado, contra a ética da vida criada por Paulo. Esta não é, aliás, sua primeira investida sobre alguém que é conhecido no mundo por sua conduta ética verdadeiramente humanista.

Inadmissivelmente, a matéria é elaborada por duas mulheres, que, certamente para se sentirem e serem parceiras do "filósofo" e aceitas pelos neoliberais desvirtuam o papel do feminino na sociedade brasileira atual. Com linguagem grosseira, rasteira e irresponsável, elas se filiam à mesma linha de opção política do primeiro, falam em favor da ética do mercado, que tem como premissa miserabilizar os mais pobres e os mais fracos do mundo, embora para desgosto deles, estamos conseguindo, no Brasil, superar esse sonho macabro reacionário.

Superação realizada não só pela política federal de extinção da pobreza, mas , sobretudo pelo trabalho de meu marido – na qual esta política de distribuição da renda se baseou - que demonstrou ao mundo que todos e todas somos sujeitos da história e não apenas objeto dela. Nas 12 páginas, nas quais proliferam um civismo às avessas e a má apreensão da realidade, os participantes e as autoras da matéria dão continuidade às práticas autoritárias, fascistas, retrógradas da cata às bruxas dos anos 50 e da ótica de subversão encontrada em todo ato humanista no nefasto período da Ditadura Militar.

Para satisfazer parte da elite inescrupulosa e de uma classe média brasileira medíocre que tem a Veja como seu "Norte" e "Bíblia", esta matéria revela quase tão somente temerem as idéias de um homem humilde, que conheceu a fome dos nordestinos, e que na sua altivez e dignidade restaurou a esperança no Brasil. Apavorada com o que Paulo plantou, com sacrifício e inteligência, a Veja quer torná-lo insignificante e os e as que a fazem vendendo a sua força de trabalho, pensam que podem a qualquer custo, eliminar do espaço escolar o que há de mais importante na educação das crianças, jovens e adultos: o pensar e a formação da cidadania de todas as pessoas de nosso país, independentemente de sua classe social, etnia, gênero, idade ou religião.

Querendo diminuí-lo e ofendê-lo, contraditoriamente a revista Veja nos dá o direito de concluir que os pais, alunos e educadores escutaram a voz de Paulo, a validando e praticando. Portanto, a sociedade brasileira está no caminho certo para a construção da autêntica democracia. Querendo diminuí-lo e ofendê-lo, contraditoriamente a revista Veja nos dá o direito de proclamar que Paulo Freire Vive!

São Paulo, 11 de setembro de 2008
Ana Maria Araújo Freire.


Eu tenho nojo dessa revista. Eisntein deve ter se revirado em seu túmulo ou trocado risadas irônicas ao lado de Freire aonde quer que estejam. Viva Einstein e Freire!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Educação liquidada...

Já conhecia por meio da internet o grupo "Cia Barbixas de humor", mas recentemente recebi um vídeo deles muito interessante e engraçado fazendo uma paródia das propagandas que fazem anúncio de universidades pagas. Apesar do vídeo ter sido feito para uma outra universidade paga de São Paulo e não caberá aqui julgamento desta e nem de outras específicas, achei que o vídeo além de fazer rir também faz pensar.

UNINADA - Cia. Barbixas de Humor


Existem outros dois vídeos parodiando esses comerciais, mas esse foi o que mais me fez rir e pensar nesse post.

Pensei, principalmente, em duas coisas. Como está sendo um descalabro essa invasão de universidades pagas que só têm o intuito de fazer dinheiro, lucro. Deixando para trás o que mais deveria preocupar quem estabelece o comprometimento com a educação ao criar uma casa do saber.

Não conseguimos mais ver quase nenhuma diferença entre um comercial das casas Bahia com o de uma universidade. Todos têm promoções imperdíveis, letras miúdas ilegíveis, textos animadíssimos e em alta velocidade, gente bonita pra dedéu e hiper mega felizes, e por aí vai... mas é isso... as coisas estão cada vez mais uniformizadas pela propaganda, pelo comércio, pelo mercado... "Uai! (me diria um mineiro... rsrs) Mas tem que ser assim mesmo! As pessoas precisam sobreviver, pagarem suas contas, se não vender, se não for assim, perde espaço no mercado e assim, excluído do sistema não terá como se sustentar... e quem vai pagar as contas??? Você??" Costumo ouvir muito isso. No final do mês quando chega uma conta sempre lembro disso, mas não me deixo enganar tanto assim por esse raciocínio... Mesmo sabendo que realmente precisamos pagar contas. Só acho que os meios estão confusos, obtusos, perdidos...

Sou do tipo que acredita que a educação, principalmente a pública, se tornou o que é hoje pela criação das escolas particulares. A partir do momento que você separa os ricos dos pobres, você separa os privilégios. Essa segregação se estabelece em praticamente tudo. Cria-se um desgaste, um abandono do Estado, ou do que é público para que em seguida comecem a dizer que o Estado está falindo (ou falido mesmo) e que nada melhor do que dar a "liberdade" a sociedade para que ela (mercado) estabeleça novas e melhores condições para suprir o que o Estado não teve competência para gerir. Vimos isso não só na educação, como nas telecomunicações, entre outros... Se há males que vem para o bem, acho que também devem ter bens que vem para o mal. Acho que muitas coisas melhoraram sim, claro... não sou maluco e cego. Só acho que essa falência do Estado, na maioria dos casos, é lorota, mentira e quando é verdade é construída... Não sou contra o mercado, por mais que possa estar parecendo. Sou a favor do equilíbrio. Tem que haver os dois. Só que entre os dois prefiro algo público, pois teríamos a quem recorrer ou depor. Já em instituições privadas só podemos "recorrer" ao Procon e olhe lá.

Acho engraçado esse discurso próneoliberal que defende com unhas e dentes o livre mercado e na hora em que ele entra em "crise" corre como uma criança no colo do Estado (do público, nosso, de todos) para pedir empréstimos e consignações sempre com a retórica de que se isso não acontecer a sociedade, a economia pode entrar em colapso, estagnação (olha o terror aí gente!!), inflação nas alturas, desemprego... DESEMPREGO!!! Esse é o grande discurso.... fingem se preocupar com o povão para recorrer ao nosso dinheiro!!! Ahahahahah!! Dá vontade de rir. Novamente bônus para eles, ônus para todos.

Voltando um pouco para a educação, mas mantendo esse pensamento mercado/Estado, acho engraçada essa defesa do livre mercado como solução de muitos problemas que o Estado não teve competência para gerir, ou pela defesa da liberdade individual de escolha (como se não houvesse com instituições públicas. Como se só houvesse a possibilidade de existir ou uma nação em livre mercado, liberal, ou uma nação "comunista", fechada, 100% estatal, controlada à mão de ferro... pô, pessoal, já tá na hora de parar com esse pensamentozinho década de 80 alá Reagan). Não param de chover casos em que se prova o quanto as instituições particulares também não estão conseguindo gerir seus proprios negócios. A culpa, claro, deve ser do Estado ou dessas crises que não param de pulular pelo mundo.


Gostaria de ver uma lei do senador Cristovão Buarque ser aprovada (claro que ele já sabe que não será) que faria com que todo cidadão eleito para um cargo político público fosse obrigado a matricular seus filhos em escolas públicas. Com o perdão do exagero, seria a salvação do país! rsrs... Imaginem só a melhoria que as escolas públicas sofreriam? Agora imaginem o êxodo nas escolas particulares... os com maior poder aquisitivo indo para as escolas municipais, estaduais e federais?? A melhoria na educação na infra-estrutura que haveria nas escolas? Imaginem só pobres e ricos, negros e brancos convivendo muito mais? Teríamos cidadãos muito melhores!!! rsrsrsrsrs!! Só sonhando e brincando mesmo!

Mas vamos ver uma coisa. Quando uma universidade pública entra em greve de funcionários, de professores ou até mesmo de alunos, como essas notícias são transmitidas pelos meios de comuicação? E quando há greve em universidades particulares? Não que não tenha matérias jornalísticas a respeito, mas eu não to lembrando de nenhuma... e se tiver e quando tiver, vale avaliar o conteúdo e tipo de abordagem da notícia.

Vale lembrar também na saúde. Claro que sofremos sim e muito com o serviço público de saúde, apesar de alguns bons exemplos aqui e ali (e vale lembrar, pouco falado nos meios), mas e matérias sobre o assalto que se tornou os planos de saúde? E sobre o mal atendimento e até mesmo picaretagem de médicos e funcionários de hospitais ou clínicas particulares?? E discussão sobre o absurdo HUMANO que é uma pessoa sofrer um acidente, estar morrendo, sei lá... qualquer coisa do tipo... e por algum motivo estar mais próximo de um hospital particular e NÃO PODER SER ATENDIDO!!! "Senhor, qual o seu plano???" SOBREVIVER!!!!!!! Por favor, pode ser?!?!??!?! Vale ver o filme $ICKO do Michael Moore sobre o sistema de saúde americano para termos uma noção de onde surgiu essa mentalidade para mim doentia.

Se alguém quiser baixar o filme Sicko por torrent e a legenda em Pt-Br
- Torrent
- Legenda 



Por enquanto é só... achei importante comentar sobre isso... volto a tratrar do assunto brevemente.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Contra a lei Azeredo



Talvez por falta do que fazer, ou para nos fazer esquecer seus processos com caixa 2 de campanha, o senador Eduardo Azeredo do PSDB- MG, enviou projeto que vai a votação na semana que vem no Congresso Nacional. A redação dele é totalmente inaceitável para o cliente de serviços de internet no Brasil. Caso a lei seja aprovada, você, que está lendo isto, será automaticamente considerado a priori como criminoso pelo poder público.

E não se esqueça de participar do Manifesto em defesa da liberdade e do progresso do conhecimento na Internet Brasileira. Eu já assinei. É só clicar aqui.

Esse post foi visto no blog do Marcelo Tas (considerado um dos melhores blogs do Brasil pela Revista Época)

Leia mais matérias aqui sobre esta lei tão significativa que, infelizmente, pode ser aprovada e mais infelizmente ainda não é divulgada e debatida pelos principais meios de comunicação (POR QUE SERÁ!??!!??!?!?!).