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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

A disputa pela liberdade de expressão na América Latina


Recebi um e-mail com um pronunciamento do deputado federal do PSOL/SP, Ivan Valente, no dia 8 de outubro de 2009 na câmara dos deputados em Brasília, sobre o tratamento dado ao Golpe de Estado ocorrido em Honduras nos grandes meios de comunicação na America Latina, para não dizer no resto do mundo.



Para quem quiser continuar e ler na íntegra o pronunciamento do deputado é só...

Não sou de nenhum partido político e nem conheço muito a tragetória do Ivan Valente. Apenas corroboro com a posição dele e considero a discussão importantíssima para um debate democrático.

Como diria Churchill: "Não existe opinião pública, mas sim opinião publicada."
Não podemos deixar que continue assim. Temos que enfraquecer essa máxima. Por isso segue o pronunciamento do deputado Ivan Valente e asssim, tentamos diminuir o abismo entre a "realidade" e o que é publicado na grande mídia. Vamos abrir os olhos.


Sr. Presidente, Sras e Srs Deputados,

Nas últimas semanas, assistimos, assustados, aos níveis de autoritarismo atingidos pela imprensa brasileira na cobertura do golpe em Honduras. Enquanto nossa delegação parlamentar buscava em Tegucigalpa contribuir para a restituição da ordem democrática no país, a mídia nacional fazia malabarismos para legitimar um governo golpista e ignorava solenemente as inúmeras violações de direitos humanos e restrições aos direitos civis praticadas pelo governo Micheletti. Economizando decibéis, apenas registrou o fechamento e ocupação de emissoras de rádio e TV na capital pelo Exército
Hondurenho.

Os índices de violação da liberdade de expressão e de imprensa em Honduras, no entanto, são altíssimos. Em Tegucigalpa, o Canal 36, a Radio TV Maya e a Radio Globo foram ocupadas. A cabine de transmissão da Rádio Juticalpa, em Olancho, foi alvejada por metralhadores. Na cidade de Progresso, fecharam a rádio Progresso. O Canal 26, TV Atlântica, recebeu ordens dos soldados para não transmitir informações que viessem de fora do governo de fato. Os jornalistas também estão sendo ameaçados. Nos primeiros meses do golpe, Gabriel Fino Noriega, da Radio Estelar, foi assassinado por forças paramilitares. Isso para não falar das agressões que sofreram os repórteres da Telesur, de longe a emissora que tem feito a maior cobertura do golpe, e das proibições e repressões às manifestações públicas de apoio, nas ruas, ao presidente deposto Manuel Zelaya.

Apesar do vasto rol de violações à liberdade de expressão em Honduras, este não parece ser um problema preocupante para a imprensa brasileira. Tampouco o é – coincidência ou não – para a SIP, a Sociedade Interamericana de Imprensa, sempre a primeira a gritar quando qualquer Estado latino-americano promove mudanças nos meios de comunicação.

Foi assim quando o presidente venezuelano Hugo Chávez não renovou a concessão da RCTV, ou quando a Assembléia Nacional da Venezuela aprovou, em 2004, a Lei Resorte (Lei de Responsabildiade Social no Rádio e na Televisão), que tem como objetivo fomentar a responsabilidade dos prestadores de serviço, anunciantes, produtores nacionais independentes e usuários dos serviços de comunicação, buscando o equilíbrio democrático, a promoção da justiça social e a formação cidadã. Construída a partir de um amplo processo de participação popular, que durou mais de um ano com debates realizados em todo o país, a Lei Resorte priorizou a produção local e comunitária, deu apoio à mídia popular, estabeleceu a pluralidade de vozes em todas as mídias, definiu o funcionamento das emissoras públicas, prevendo mecanismos de controle social, regulou a propriedade dos meios e o conteúdo, com restrições de horário para crianças, tempo para veiculação de publicidade e previsão de veiculação de programas que valorizem a cultura nacional e a leitura crítica da mídia.

Quando, na Bolívia, o presidente Evo Morales aprovou um decreto reservando espaços dos meios de comunicação para a livre opinião dos jornalistas e outros trabalhadores ligados a sindicatos de imprensa, a grande mídia também chiou. Acharam um acinte terem que reservar três minutos diários no rádio e na TV para ampliar a pluralidade e diversidade de idéias e opiniões nos meios de comunicação em massa. Da mesma forma, bateram no projeto da nova Lei de Comunicação do presidente do Equador Rafael Correa que, após inúmeros debates no Fórum Equatoriano da Comunicação, propõe a divisão eqüitativa do espectro eletromagnético, por onde passam as ondas do rádio e da TV. A proposta é reservar 33% do espectro para cada um dos setores: público, privado e comunitário.

Também em defesa da pluralidade de vozes e do interesse público, o Parlamento uruguaio aprovou um projeto de lei sobre conteúdos digitais na televisão, no rádio e no cinema que fixou horários para a veiculação de determinados conteúdos e criou a figura do ombudsman público, uma ponte direta do cidadão telespectador e ouvinte com a empresa de comunicação. O ombudsman atenderá, por exemplo, a denúncias de pais que questionam o conteúdo que atinge as crianças e dará atenção à opinião de artistas e
escritores que estiverem sofrendo ameaças às suas liberdades. Desta vez, a imprensa brasileira silenciou sobre a importante iniciativa do país vizinho.

A última a sofrer os ataques da grande imprensa e a ser chamada de violadora da liberdade de expressão foi a presidenta da Argentina Cristina Kirchner. A nova lei de Serviços de Comunicação Audiovisual, depois de debatida em audiências públicas e ter incorporado sugestões da base de oposição ao governo, foi aprovada no Congresso, promovendo uma transformação completa no monopólio histórico do grupo Clarín no país. De acordo com o texto, nenhuma empresa poderá ter mais de dez concessões de rádio e TV aberta (14 a menos que o limite atual) e quem possui um canal de TV aberta não pode, na mesma localidade, ser dono de uma emissora a cabo. Ou seja, a lei ataca a
propriedade cruzada na radiodifusão, proibindo a concentração vertical e também horizontal. A audiência também será limitada, como acontece em países como os Estados Unidos. As áreas cobertas pelo conjunto de emissoras de uma mesma empresa não podem atingir mais do que 35% dos habitantes daquela região, sob o risco de configuração de um outro tipo de monopólio.

A lei enfrenta ainda o problema da produção nacional, estabelecendo cotas mínimas para conteúdos produzidos no país, assim como a produção independente, que ganha uma reserva de 30% da grade de programação de emissoras localizadas em cidades com mais de 1,5 milhão de habitantes. Até a questão da monopolização da transmissão dos campeonatos de futebol – tão frequente aqui no Brasil – foi enfrentada. Um dos artigos garante o direito ao acesso universal aos conteúdos informativos de interesse relevante e de acontecimentos esportivos. Por fim, estabelece a realização de audiências públicas para determinar a prorrogação das concessões de rádio e TV.

Ou seja, assim como em vários países da América Latina, o Estado Argentino tomou as medidas necessárias para democratizar os meios de comunicação, garantindo mecanismos para a liberdade de expressão de setores antes excluídos da esfera pública midiática. Rapidamente, a imprensa brasileira foi pra cima da Presidenta Cristina Kirchner, assim como faz com os demais presidentes latinos que enfrentam o poder intocável dos meios de comunicação em massa. Trata-se de uma ação preventiva, para impedir que a onda que pretende construir uma mídia mais democrática em nosso continente chegue aqui no Brasil.

A I Conferência Nacional de Comunicação, agendada para dezembro, certamente terá entre uma de suas principais reivindicações a necessidade de quebra do monopólio da mídia e defesa da liberdade de expressão para todos e todas em nosso país. Será um espaço para a população manifestar seus anseios em relação ao setor das comunicações e, pelos resultados já apontados nas etapas municipais, que acontecem Brasil afora, o pleito por transformações na regulamentação dos meios será grande. Ao contrário do que defendem os radiodifusores e do que parece entender o Supremo Tribunal Federal, a
comunicação, como qualquer outra área, precisa ser regulada, para que não valha ali a lei do mais forte política e economicamente.

Uma parte dos grandes empresários da mídia se recusa a participar do debate público democrático. Retirou seus quadros da organização da Conferência e prefere seguir fazendo política como sempre, nos bastidores e corredores do Planalto e deste Congresso, sem ouvir os anseios daqueles que são nada mais que os receptores dos serviços prestados pelos radiodifusores. Enquanto isso, nossa imprensa ataca aqueles que promovem mudanças concretas visando a democratização dos meios e silencia diante das maiores violações à liberdade de expressão que ocorrem em Honduras. Algo está fora do lugar. E a sociedade brasileira, pelo que parece, dá indícios de que cansou de ficar sentada, calada, em frente à televisão. Que venham as transformações na mídia há tanto tempo reivindicadas pelo povo brasileiro.

Muito obrigado.

Ivan Valente

Deputado Federal PSOL/SP

Informação do presente, informação no futuro.

Como venho afirmando, uma sociedade livre é uma sociedade bem informada. Estar bem informado é ter acesso a qualquer tipo de informação e liberdade para produzir conteúdo. Sempre com a discussão da ética como prioridade.

As novas tecnologias alteraram de forma brusca toda a maneira como nos socializamos. O mundo real passa ser estabelecido e permeado pelo virtual. Então não podemos ficar alheios a essas mudanças. Precisamos estar informados e capacitados a entender esses novos meios, essas novas tecnologias. Para ajudar um pouco a entender esse "novo" universo, seguem três vídeos interessantes pescados no Youtube para que você entenda melhor o que é, como funciona e a força do que chamamos de web 2.0.

WEB 2.0


Mídia Social


Estatísticas mundiais sobre o mundo nesse universo "wiki"...

Interessante, mas...

... me dá um certo medo. Esse vídeo faz uma análise do universo da web 2.0 e uma projeção de como será o futuro com os avanços na sociedade e no mundo virtual.

Um tanto futurista e coorporativo demais, no entanto e "infelizmente", não muito impossível de acontecer. Não vislumbro e nem compartilho dessa visão, aliás, combato esse tipo de relação em nossa sociedade, que busca acumular e aglomerar capital e incluir as pessoas como "homens-massa" e nos afastar do "homens-coletivo". Contudo não podemos negar que não deixa de ser uma análise interessante e verossímel. Basta a gente saber o que queremos, que futuro desejamos e lutar pelas mudanças necessárias. O que não podemos é achar os meios tecnológicos um mal criado pelos poderosos para dominar a Terra. Soa até ridículo. Precisamos combater o mal (mau) uso dos meios e fazer com que os direitos e deveres dos cidadãos sejam em prol de uma sociedade mais humanizada, ética e cooperativa.



A Revolução da Mídia Social

Para quem sempre achou bobagem ter Orkut, perda de tempo se inscrever no MySpace, aceitar convite no Facebook, MSN, Twitter e afins, esse vídeo ajuda a esclarecer algumas questões importantes a respeito do poder que as novas mídias sociais estão tendo cada vez mais no mundo, real ou virtual.



Não é porque você usa Orkut ou Facebook., conversa através do MSN ou GTalk, que você está disperdiçando o seu tempo. Até parece que se não fossem esses novos meios de comunicação, estaríamos lendo um bom livro, saindo com nossos amigos num bar pra conversar coisas "verdadeiras" olho no olho, conhecendo novos lugares... bobagem. Tudo na vida tem de ter um equilíbrio. Não devemos deixar de estudar, ler nossos romances, nossos clássicos da literatura (nada como num futuro bem próximo lermos alguns desses num IBook), mas a revolução que está acontecendo não pode ser negada, mas sim vivida, criada, aprimorada.

sábado, 10 de outubro de 2009

Palavras que ajudam a refletir - Entrevista com Robert Happe

Não sou seguidor, nunca li um texto dele, mas vi o video e compartilho de algumas idéias dele e, principalmente, acredito que essa entrevista nos ajuda a pensar mais sobre como vemos o mundo e de que forma podemos melhorar nossa convivência nesse planeta.

Como ele diz, não acho que a única maneira de mudar tudo isso seja "tirar" os poderosos do "poder", mas sim começarmos a mudar a consciência de cada pessoa para que realmente a verdadeira mudança, paradigmática, ocorra.

No meio da entrevista ele começa a falar da importância da união entre os sexos opostos, etc e tal... não sei se isso foi mais profundo, complexo e eu não soube, ainda, interpretar direito, mas não concordei muito com a posição, não que não ache importante essa simbologia da união, contudo como ele não citou ou fez um adendo a respeito da união entre pessoas do mesmo sexo, fiquei um pouco sem entender direito o que quis dizer.

Mas é isso, vejam e pensem um pouco sobre...



BIOGRAFIA:
Robert Happé nasceu em Amsterdã, Holanda. Estudou religiões e filosofias na Europa e dedicou-se desde então a descobrir o significado da vida. Estudou também Vedanta, Budismo e Taoísmo no Oriente durante 14 anos, tendo vivido e trabalhado com nativos de diferentes culturas de cada região onde esteve - Índia, Tibet, Camboja e Taiwan.

Em seu retorno à Europa, sentiu necessidade de compartilhar o conhecimento adquirido e suas experiências de consciência. A partir daí...

trabalhou em várias universidades, e tem trabalhado continuamente com grupos de pessoas interessadas em autoconhecimento e desenvolvimento de seus próprios potenciais como seres criadores.

Desde 1987 vem compartilhando informações em forma de seminários e workshops em países da Europa, na África do Sul, nos EUA, na Austrália, e no Brasil.

Seu trabalho é independente, estando desvinculado, sob todo e qualquer aspecto, de organizações religiosas, seitas, cultos e outros grupos.

Oliver Stone - South of the Border



Está para ser lançado o próximo filme do cineasta americano Oliver Stone, diretor de Platoon, Nascido em 4 de Julho, JFK, entre outros sucessos. O documentário South of the Border é uma tentativa ...

de mostrar a nova configuração socio-política da América do Sul, com as mudanças significativas que vieram com as eleições na maioria dos países desse continente. Com a chegada no poder de Lula, Chávez, Evo, Rafael Corrêa. Essa "Onda esquerda" modificou muitas coisas no cenário político mundial.

O filme é produzido pelo cineasta e pelo historiador Tariq Ali, autor de diversos livros e textos sobre o imperialismo e editor da revista New Left Review. Os dois visitam e entrevistam os presidentes da Argentina - Cristina Kishner e seu marido, ex-presidente; do Brasil - Lula; da Venezuela - Chavez; da Bolívia - Evo Morales; do Paraguai - Fernando Lugo; de Cuba - Raul Castro e do Equador - Rafael Correa. Mostrando o que eles têm em comum. Uma idéia, uma vontade de construirem um continente que caminhe com seus próprios pés, independentes, fortes política, econômica e culturalmente. Que se descolonialize da Europa e dos mandtários americanos.

Trabalho importante, pois me parece que ele tenta "desmascarar" o discurso da grande mídia a respeito da imagem que fazem, principalmente, do Hugo Chávez. Como diria Churchil: "Não existe opinião pública e sim opinião publicada". Precisamos inverter isso. Não dá mais para nos deixar levar tão fácil pelo que é veiculado pela grande mídia, ou como outros preferem dizer (até eu as vezes) mídia hegemônica. Espero que esse filme trate de forma sensata e coerente as principais questões políticas que ficam sempre no véu da escuridão das principais redes de comunicação.

Muito ansioso para ver. Vamos conferir!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Uma teoriazinha da conspiração pra quem odeia isso!!!

Quem nunca ouviu alguém uma vez proferir a seguinte frase: "O homem nunca foi na lua, tudo armado pelo governo americano!!!" Então... eu sou uma dessas pessoas... rsrsrs
Um dia me indicaram um site, ele se chama SHOW DA LUA

Esse site pretende esclarecer alguns "belos" equívocos da humanidade, para não dizer mentiras, ou mesmo crimes, como prefere o autor da página. Ele tem algumas teorias bem legais... com textos, vídeos, teorias, denúncias, "provas". Apesar de achar bem interessante e não duvidar disso tudo, acaba sendo um tanto engraçado.



Segue um trecho do que o autor escreveu sobre suas teorias:

"Ano passado (2006) a N.A.S.A. divulgou para todo o planeta que "PERDEU" 700 arquivos da "viagem a Lua", entre eles, os vídeos originais da missão Apollo e os negativos das "fotos na Lua". Os caras-de-pau da N.A.S.A. simplesmente SUMIRAM com as EVIDÊNCIAS do CRIME que cometeram! Realmente é muito conveniente dizer que "PERDERAM" todos os vídeos e fotos originais da "viagem a Lua" pois hoje em dia qualquer perito facilmente comprovaria a FRAUDE. Como é possivel que a N.A.S.A. com toda a "suposta segurança" que tem em suas instalações seja capaz de simplesmente "PERDER" os arquivos do feito considerado pela humanidade como o mais importante da história?!?! Eu nasci em 1964 e tenho até hoje minhas fotos originais de 1969 quando tinha 5 anos mas a N.A.S.A. não conseguiu guardar as fotos da "viagem a Lua"??? Como podem subestimar desta forma a inteligência dos seres humanos? Citando Che Guevara : " A única luta que se perde é a que se abandona". E a nossa luta vai continuar, não vamos abandoná-la até provarmos que estas "viagens espaciais" são uma FARSA e que o governo dos EUA e a N.A.S.A. cometeram um verdadeiro CRIME contra a humanidade !!!"

Além disso ele tem outras teorias, como a que nunca houve explosões atômicas, como as de Hiroshima e Nagasaki. Que a Terra não gira em torno do sol, 11 de setembro e muito mais. Também com videos e teorias! É engraçado mas é sério. Bem legal. Vale a pena!


Mais uma semente na cabeça das pessoas.

Alguém, aqui, não usa o Google como plataforma padrão de busca na internet??? Acho que não! Então vai uma dica.

Entre no site Eco4Planet e coloque-o como seu site padrão de busca do seu navegador. Fácil! Vá em "ferramentas" em seu navegador e lá clique em opções. Simples. Você se vira a partir daí. Cada navegador muda um pouco, mas nada muito complicado de se fazer. Mas vale a pena. Pelo seguinte: Esse site é um projeto que utiliza a plataforma Google para efetuar as buscas feitas pelas pessoas. Só que a cada número especifico de buscas feitas pelos internautas, uma árvore é plantada. Dentre outras coisas que eles fazem em favor do meio ambiente. Muitos podem dizer que já plantaram mais árvores do que eles até agora (no momento eles já plantaram 46 árvores). 





É, realmente pouco. Até agora! Todo projeto tem seu início. Sendo divulgado, as pessoas cada vez mais utilizando esse site de busca como padrão em seus micros, mais árvores serão plantadas. Mas para mim, o mais importante não são essas árvores plantadas, todavia, sim, a semente que é plantada na cabeça das pessoas. Acredito que campanhas como essa vão mudando hábitos, idéias e concepções das pessoas à respeito de como elas vêem o mundo e as coisas.

Crônica de uma catástrofe ambiental

Alguns anos atrás eu produzi e dirigi um curta documentário intitulado "Guapimirim". Durante uma pesquisa socioambiental dentro de uma área de proteção ambiental (APA Guapimirim) com as populãções residentes no distrito de Itaboraí, no Rio de Janeiro, no ano de 2005, fomos surpreendidos pelo derramamento de mais de 100 mil litros de óleo diesel na cabeceira do rio Caceribu, após um trem descarrilar nas proximidades. A população local, maioria sobrevivendo da pesca e da catação de caranguejo na Bahia de Guanabara, se viu mais uma vez sem saber o que fazer, como agir. Acabei registrando os acontecimentos, as conversas com a empresa, com representações do governo e do IBAMA. No final das contas,

isso gerou esse meu curta. Quem se interessar pode ver um clipe de fotos do filme no youtube. www.youtube.com/watch?v=8BM5_lIF8JI

Mas o que quero aqui nesse post é divulgar outro caso grave de descuido, descaso e falta de respeito com a população e com o meio ambiente. Lendo o site da Revista Fórum encontrei uma reportagem especial à respeito desse caso.

"Na madrugada do dia 18 de novembro de 2008, um líquido leitoso escorreu silenciosamente para as águas barrentas do rio Pirapetinga. Veneno. Os peixes que entravam em contato com aquilo tinham o sistema nervoso atacado. Convulsões. Hemorragia interna. Morte. O vazamento seguiu por horas, sem que ninguém percebesse. Tempo suficiente para que o produto químico saísse do afluente e chegasse ao principal rio que abastece o estado do Rio de Janeiro: o Paraíba do Sul. Ninguém sabia ainda, mas as próximas horas trariam pânico aos municípios próximos..."



Quem quiser saber um pouco mais sobre esse caso e se puder também divulgá-lo... será de enorme importância. Novamente, insistindo, precisamos divulgar o que não nos informam. Vale à pena, é uma excelente matéria, com artigos, entrevistas, videos. Confira aqui!